O Blog MetalZebu em parceria com a The ultimate Music - Press apresenta a entrevista exclusiva da consagrada banda Apocalyptica que promete trazer a magia do classic aos ouvidos dos brasileiros. A entrevista foi feita por Esther Camargo, e esta sendo divulgada pelos parceiros da The ultimate Music - Press.
"Vamos
fazê-los suar, rir e chorar"
Apocalyptica traz ao Brasil mais uma
vez a sua fábrica do classic metal
A idéia era
tão simples quanto bem-sucedida: tocar heavy metal com instrumentos clássicos.
Hoje, o Apocalyptica é muito mais do que uma banda cover do Metallica. Eles têm
seu próprio estilo, tocam suas próprias composições e arrastam uma legião de
fãs por onde passam. As pessoas não vão aos shows apenas para assistir suas
famosas versões do Metallica, mas para ver, ouvir, sentir, se emocionar com o
Apocalyptica.
Com mais de
quatro milhões de álbuns vendidos em todo o mundo, o Apocalyptica mostrou ao
mundo que a ousadia e a criatividade na música ainda era possivel.
Depois oito
anos, a cultuada banda está de volta ao Brasil trazendo mais uma super
performance na bagagem. O grupo faz, até o momento, única apresentação no
próximo dia 2 de junho, no Carioca Club, em São Paulo.
O grupo
forado por Eicca Toppinen (violoncelo), Paavo Lötjönen (violoncelo), Perttu
Kivilaakso (violoncelo), Mikko Sirén (bateria) e Tipe Johnson (vocalista) estão
em plena turnê de promoção do aclamado álbum "7th Symphony" (2010).
Na
entrevista abaixo, Perttu Kivilaakso comenta sobre a expectativa da banda em
tocar novamente no país, a receptividade do novo disco, além de diversas
impressionantes curiosidades sobre a carreira do grupo.
Fãs de
música clássica e heavy metal, preparai-vos, esses talentosos artistas prometem
ser nada menos que espetaculares!
Por
Esther de Camargo e Dalma Dias - especial para The Ultimate Music - Press
edição
Costábile Salzano Jr
O
Apocalyptica recentemente fez uma turnê na América do Sul. Infelizmente, o show
no Brasil foi cancelado em janeiro, mas muitos fãs ainda não sabem o que
aconteceu. Você poderia relatar o que levou ao cancelamento do show?
Perttu: Primeiramente, muito obrigado por
esta entrevista e pelo espaço! Na verdade, eu não tenho exatamente uma idéia
clara sobre as razões por trás do cancelamento, mas até onde eu entendi, teve a
ver com problemas de comunicação com a organização local. Quero dizer, problema
com o fato de nenhum de nós da banda nunca ter recebido uma resposta
(referindo-se ao produtor chileno encarregado de trazer a banda ao Brasil e ao
Chile), então não havia a possibilidade de arranjar nada sem o produtor e etc.
Isso aconteceu também com o show no Chile em janeiro e já foi a segunda vez no
país que perdemos todo o contato com a produção local. Em 2005, nós fomos até
Santiago e nos perguntamos por que não havia ninguém para nos buscar no
aeroporto e na verdade ninguém sabia que o show deveria estar confirmado. Felizmente,
agora estamos trabalhando com pessoas sérias. A produtora Dark Dimensions está
trabalhando bem e finalmente vamos voltar ao Brasil para mais um grande show!
O que o
público pode esperar dessa nova performance do Apocalyptica no Brasil?
Perttu: Bem, estou muito certo que nós
estamos completamente entusiasmados e cheios de energia para o nosso primeiro
show inteiramente nosso em seu país (em 2005, na primeira vinda ao Brasil, a
banda abriu para o Megadeth). Então, nós muito provavelmente vamos montar um
belo setlist contendo todas as melhores músicas de todos os álbuns e vamos
fazê-los suar, rir, e chorar e criar uma noite juntos com brasileiros calorosos
que nós jamais nos esquecemos! Mal posso esperar por isso...
O que
você pode contar sobre o setlist que pretendem tocar aqui? Alguma surpresa?
Perttu: Nós ainda não discutimos sobre o
setlist, mas como faremos nossos ensaios na próxima semana, tenho certeza de
que encontraremos coisas boas. Mas claro que não se pode esquecer de que é
nosso primeiro show solo, então queremos trazer um repertório que contenha algo
de todos os anos de nossa carreira. Portanto, podem esperar por um grande show!
Recentemente,
Apocalyptica lançou seu primeiro livro de fotos feitas pelo fotógrafo Ville Akseli sobre a vida em
turnê. Como foi o processo de criação
desse livro? Como foi trabalhar com
Ville?
Perttu: Ville é um grande amigo nosso e
foi uma escolha natural, já que fizemos muitas sessões com ele durante todos
esses anos. Ele nos acompanhou em algumas turnês, em alguns dias específicos
nós planejamos sessões de fotos em lugares legais, mas no geral, foi ele
captando a atmosfera do que é o Apocalyptica em turnê. O livro é demais, as
fotos têm histórias incrivelmente fortes, que eu adoro!
Sobre o
projeto com a Pledge Music, como surgiu a idéia de doar parte do dinheiro
arrecadado para caridade? Qual a importância da caridade na sua opinião?
Perttu: O mundo está em tal estado que
tudo está desmoronando, portanto, eu acho que mesmo a menor ajuda é
definitivamente necessária e a caridade, como um fenômeno, é mais importante do
que nunca. Pessoalmente, me sinto muito mal e triste com o fato de não poder
fazer mais. As ameaças ao nosso redor são grandes demais e eu tenho que aceitar
que eu simplesmente não posso salvar todo mundo. Ninguém pode. Mas eu acho que
com o esforço de todos, tomando partido e mantendo o interesse, nós podemos, ao
menos, tornar a destruição menor, mais lenta...
Apocalyptica
tem celebrado bastante ultimamente: os 15 anos do primeiro disco, os 25 anos de
música de Waltari (um artista finlandês) e o aniversário de 30 anos do
Metallica. Como é, profissionalmente, estar envolvido em tais eventos?
Perttu: É ótimo pensar em tudo que
fizemos. Ninguém pensou - nem mesmo nós - que isso nos carregaria por todas
essas águas. Nós não decidimos, exatamente, formar uma banda ou algo assim,
isso tudo aconteceu acidentalmente. Então, é inacreditável termos continuado
firmes até 2012, tocando pelo mundo inteiro em lugares maravilhosos... O mais
legal na comemoração do Metallica foi perceber que aqueles caras aguentaram
por, pelo menos, o dobro do tempo! E eles ainda têm o entusiasmo, a paixão pela
música. E é exatamente isso que nós queremos também. Eu ainda quero bater
cabeça com meu violoncelo daqui 15 anos, ou melhor, daqui 30 anos, mesmo que eu
não tenha mais cabelo ou o que seja, não importa. A música, de certa forma, nos
mantém jovens pra sempre, e é ótimo ver em colegas mais velhos que isso nunca
se perde.
Você,
Eicca e Paavo se conheceram na Sibelius Academy. O quanto essa formação
clássica influenciou a banda nos primeiros anos?
Perttu: A música clássica sempre esteve
muito presente em nós e, na verdade, eu sinto que essa influência na nossa
música só está crescendo, o tempo todo. A formação clássica afetou, no começo,
no estilo de tocar - levou anos e anos para a banda desenvolver esse estilo de
tocar rock com o cello.
A banda
já sofreu algum tipo de pré-julgamento do público em geral e/ou da imprensa,
por ser uma banda de metal formada exclusivamente por violoncelos?
Perttu: Bem... acho que somente na
Finlândia chegou num ponto em que ninguém realmente nos considerava uma banda
de verdade - o que é totalmente compreensível. Mas no geral, nunca sofremos
nada. Por alguma razão perversamente estranha as pessoas têm adorado nosso
"freak show".
Devido ao
fato do Apocalyptica não ter um vocalista oficial - somente vocalistas
convidados para gravar certas canções e se apresentar em determinadas ocasiões
- , como foi o processo de escolha de um único vocalista para se apresentar
durante uma turnê inteira? Que levou vocês a escolherem Tipe Johnson? Como é
trabalhar com ele?
Perttu: Muitos anos atrás, principalmente
depois do sucesso do single "I don't care", nos demos conta de que
realmente precisávamos tentar tocar a música com um vocalista nos shows, porque
ficava muito estranho a música ser um grande hit nas rádios e as pessoas não
poderem ouvi-la ao vivo nos shows. Nós tivemos alguns vocalistas gravando as
faixas e nos demos conta de que era muito agradável e estava trazendo novos
elementos e sentimentos para os shows,
aumentamos a quantidade de músicas com vocais para 3-4 ou algo assim... A
audiência pareceu gostar e lá fomos nós...
Nós
conhecemos Tipe há cerca de...15 anos? É um bom amigo nosso, um cara adorável e
ele se encaixa muito bem no nosso grupo de turnê.
Em 2004,
alguns de vocês se apresentaram por aqui com a Orquestra Filarmônica de
Helsinki. Você gosta desse tipo de performance? Você acha que acaba chamando a
atenção do público do metal para a música clássica?
Perttu: É, fui eu mesmo. Eu toquei com a
Filarmônica de Helsinki de 1998 a 2005 e adorei! Fizemos várias turnês pelo
mundo, é uma ótima comunidade, música maravilhosa - posso dizer que sinto muito
falta daqueles tempos! Eu espero que não importe a razão da atenção, é bom que
todos tenham uma idéia sobre todo tipo de música. Portanto, eu recomendo aos
fãs de metal que ouçam música clássica e
que fãs de música clássica ouçam um pouco de metal - é ótimo se você puder ser
mente aberta e tiver olhos e ouvidos abertos a diferentes tipos de impulsos.
Assim a vida não se torna cinza e tediosa. E quanto à música, todos os estilos
de música contêm coisas maravilhosas e, tão verdadeiro quanto isso, é que todos
esses estilos também tem muita coisa ruim.
Perttu |
Há algo
especial para se esperar do Savonlinna Opera Festival?
Perttu: Com certeza, tem sim! Vai ser um
show muito especial e, principalmente pra mim, eu acho. Porque esse festival é
a razão pela qual me tornei músico e todo o amor pela música nasceu exatamente
no mesmo castelo onde vamos tocar nesse verão. Meu pai tocou no festival com a
Orquestra por 17 anos e eu estive lá em todos, assistindo aos ensaios e aos
concertos. Em Savonlinna nesse verão, traremos um pouco de opera do mundo do
Apocalyptica. Então, sim, será um evento especial com muitos trechos de opera
tocados à nossa maneira.
Desde o
álbum "Worlds Collide", seus métodos de composição evoluíram
bastante. Você acha que isso está relacionado com a entrada de Mikko
(baterista) na banda e com o fato de ele ter uma formação musical diferente de
vocês?
Perttu: Eu acho que o motivo é nossa banda
começou a sentir cada vez mais como uma banda de verdade e esse foi um processo
lento. Por isso no começo nós trabalhamos mais como compositores clássicos
teriam trabalhado basicamente sozinhos levando as partituras aos ensaios. Mas
os anos nos uniram e, de repente, nos
demos conta de que estávamos improvisando na sala de ensaio... brincando e
compondo músicas juntos - exatamente como uma banda faria! Yey!
Como
vocês desenvolveram as distorções para violoncelo, que é uma das principais
marcas da música de vocês?
Perttu: Nós geralmente usamos efeitos de
guitarra e baixo já existentes, mas definitivamente nós desenvolvemos uma nova
cadeia de efeitos apropriada para violoncelos e isso foi resultado de uma
pesquisa infinda - que ainda continua, o tempo todo. Na verdade, cada um de nós
usa configurações totalmente diferentes, conforme nossos naipes variam. Mas
hoje em dia, acho que o principal é que separamos o sinal de som, trazendo uma
distorção legal dos amplificadores Peavey, combinada com o som natural do
instrumento, que torna o efeito mais claro. Logo, o resultado deve ser um som
forte e poderoso ao vivo, que é definitivamente diferente das guitarras, já que
o próprio som natural do violoncelo é de certa forma... hum... como posso
dizer? Puro e inspirador!
Como foi
o processo de aperfeiçoamento dessas técnicas de distorção?
Perttu: Bem, nós separamos o som nos
amplificadores e depois, quando temos os efeitos e as stomp boxes ligados em
linha, temos as distorções como octabass, space echoes, wahwah, delays,
equalizadores extras e mais algumas coisas que nem eu sei o que fazem.
A banda
está satisfeita com a repercussão do álbum "7th Symphony", assim como
a turnê mundial? Você acha que alcançou novos objetivos e novos horizontes com
ele?
Perttu: Ah sim, estamos muito felizes em
ver o quanto as músicas dos últimos álbuns são queridas. Eu acho que nós
atingimos nosso objetivo toda noite, ao tocarmos algo como a música
"Beautiful" do "7th Symphony" e vermos que algumas pessoas
estão chorando, então é porque fizemos algo certo. E essa turnê nos levou a
muitos lugares que não tínhamos visitado antes! E ainda irá.
Vocês
esperavam a repercussão que tiveram na turnê sul-americana? Tem alguma coisa
que você apontaria como sendo memorável?
Perttu: Ahh, a América Latina é
simplesmente a melhor! A turnê em janeiro foi maravilhosa, eu nunca vi um
retorno do público como lá e foi pura alegria. Portanto, não espero nada menos
dos brasileiros em junho.
O
Apocalyptica tem planos de gravar algum DVD ao vivo da turnê do 7th Symphony?
Perttu: Existem algumas idéias para isso,
ao mesmo eu sinto que seria necessário, já que tivemos uma turnê tão intensa.
Ótimos setlists com muito humor, efeitos visuais fortes e os melhores públicos
por toda parte.
Sobre os
conceitos dos clipes, quão participatórios vocês são no processo de criação?
Vocês tentam expressar a mensagem literal da música, ou tendem a explorar
conceitos mais abstratos?
Perttu: Nós até podemos ter uma idéia para
a arte visual, de fato nós levamos bastante isso em consideração. Quais tipos
de imagem descrevem melhor a música e etc. Portanto, acho que posso dizer que
nós participamos do planejamento dos clipes e das fotos promocionais, mas claro
que ouvimos os designers e damos a eles a possibilidade de ouvir seus
sentimentos na nossa música e então visualizá-los. É, nos interessamos por
essas coisas sim.
Vocês
têm algum projeto paralelo? Poderia falar um pouco sobre isso?
Perttu: Talvez tenhamos. Mas não podemos
revelar as coisas antes que estejam prontas para serem reveladas. Saudações!
Perttu,
muito obrigado pela entrevista. Pode ter certeza que os fãs brasileiros estão
extremamente ansiosos pelo retorno do Apocalyptica ao nosso país. Por favor,
deixe uma mensagem para eles.
Perttu: Galera, se vocês estão ansiosos,
vocês não imaginam o quanto nós estamos também. Será um imenso prazer
reencontrá-los e receber todo carinho e energia de vocês. Compareçam ao nosso
show! Tenham certeza que será mais uma experiência inesquecível!
Links
relacionados:
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Serviço
SP
Dark
Dimensions apresenta Apocalyptica no Brasil
Data:
2 de junho
Local:
Carioca Club
Endereço:
Rua Cardeal Arcoverde, 2.899
Hora:
19h
Abertura
da casa: 17h
Ingressos:
Pista
promocional antecipada: R$ 90,00
Pista
no dia: R$ 140,00 (se sobrar)
Pista
Estudante: R$ 70,00
Camarote:
ESGOTADO!
Pontos
de venda: Profecias loja 214 (11) 3333-2364 | Rockland loja 262 (11) 33622606 |
Lady Snake Loja 213 (11) 3361.7705 (Galeria do Rock)
Bilheterias
do Carioca Club de segunda à sexta das 09h40 às 20h
Ingresso
online: http://darkdimensions.webstorelw.com.br/
Imprensa:
(13) 9161.6267
Atenciosamente,
Costábile
Salzano Jr
The
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porra lucas estes integrantes tem uma cara de mulher da porra! mas ta valendo voce esta aprendendo a criar perguntas e isso é bom!
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